A Justiça do Paraná marcou para 4 de fevereiro a audiência de instrução e julgamento em que serão ouvidas testemunhas de defesa e acusação no caso do acidente que envolveu o ex-deputado estadual Luiz Fernando Ribas Carli Filho. Depois dos interrogatórios, a Justiça define se leva o caso a júri popular.
Dois jovens, Gilmar Rafael Yared, 26, e Carlos Murilo de Almeida, 22, morreram na batida, ocorrida em maio deste ano num cruzamento em área nobre de Curitiba. Na investigação policial, constatou-se que o ex-deputado estava bêbado, tinha a habilitação vencida e dirigia em alta velocidade (167 km/h) quando seu carro bateu no automóvel das vítimas.
Carli Filho, 26, foi indiciado por duplo homicídio com dolo eventual (quando o suspeito assume o risco de produzir um dano contra terceiros). Ele afirmou em depoimento não ter lembranças sobre o acidente.
A defesa do ex-deputado contestou no processo a presença do Ministério Público Estadual como participante da investigação. Mas o juiz Daniel Surdi de Avelar, da 2ª Vara Privativa do Tribunal do Júri de Curitiba, não aceitou a argumentação.
O magistrado acatou parcialmente pedido da defesa ao desconsiderar o resultado do exame de dosagem alcoólica feito em amostra de sangue retirada do ex-deputado quando estava hospitalizado. O exame apontou que ele estava embriagado. A fundamentação usada pelo juiz foi de que o exame acabou realizado sem consentimento do suspeito, protegido pelo direito constitucional de não produzir provas contra si.
Mas, segundo o magistrado, há outras provas que sustentam que o ex-deputado estava embriagado.
A Folha procurou o advogado de Carli Filho, Roberto Brzezinski Neto, mas sua assessoria informou que ele não poderia atender a reportagem nesta quarta por estar em reunião. O ex-deputado renunciou ao mandato e foi expulso do PSB após o acidente.
FONTE:http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u657634.shtml
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